Remanescente de Comunidades Quilombolas que no século XIX (1800/1900), estabeleceram numa região de chapada, interior do município de Joaíma. Trata-se de uma comunidade pobre, composta exclusivamente por negros, que se isolou nesta região, em condições de absoluta pobreza e auto-segregação. Conseva, até hoje, o mesmo padrão de vida miserável dos seus antepassados.
Dedicam-se ao artesanato em argila, daí a denominação de Comunidade De Barreirinhos, pois trabalham com o barro na fabricação de peças utilitárias como potes, moringas e variedades de vasilhames. Além do barro ,trabalham, também, o artesanato em palha e cipó, fabricando cestos, balaios e esteiras. A agricultura rudimentar de subsistência também é praticada.
A Secretaria Municipal de Educação, por meio do seu titular, Professor Frederico Franklin Murta Lemos, encaminhou ao Ministério da Cultura – Fundação Cultural Palmares, projeto que propõe profunda reflexão sobre a realidade dessa população.
Analisando o projeto, a Fundação Cultural Palmares reconhece a Comunidade de Barreirinhos como remanescente das comunidades Quilombolas, expedindo certidão de Auto-Reconhecimento.
A Prefeitura Municipal aguarda, por parte da Fundação Cultural Palmares, medidas concretas que viabilizem o amparo e a proteção a essa população pelos benefícios da lei.
Outrossim, convém esclarecer que essa comunidade sempre foi assistida pelo poder público municipal com escola, merenda escolar e outros.
Maria de Lourdes Ferreira dos Santos, a Dona Ducha, é remanescente de escravos, moradora da comunidade quilombola de Barreirinhos, distante 29 quilômetros de Joaíma, Minas Gerais. Para ela, a sina de contar histórias sobre seu povo é a tradição pela qual a memória se mantém. Veja aqui sua descrição sobre o lugar onde vive.
Movimentos sociais expressivos envolvendo grupos negros perpassam toda a História do Brasil. Contudo, até a Abolição da Escravatura em 1888, estes movimentos eram quase sempre clandestinos e de caráter radical, posto que seu principal objetivo era a libertação dos negros cativos. Visto que os escravos eram tratados como propriedade privada, fugas e insurreições, além de causarem prejuízos econômicos, ameaçavam a ordem vigente e tornavam-se objeto de violenta repressão não somente por parte da classe senhorial, mas tambem do próprio Estado e seus agentes.
fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre.