terça-feira, 28 de junho de 2011

Joaíma nasceu da vontade do governo português de ocupar e proteger as suas posses, no imenso vazio que era o Nordeste de Minas.


Joaíma nasceu da vontade do governo português de ocupar e proteger as suas posses, no imenso vazio que era o Nordeste de Minas. No início do século passado, as cortes de Lisboa resolveram que era necessária uma vigilância maior naquela região da Província de Minas, pois as terras diamantíferas, a grande riqueza local, estavam sendo cobiçadas por aventureiros e caçadores de riqueza fáceis. O Alferes Julião Fernandes Leão se instalou à margem direita do Rio Jequitinhonha, em 1811, e, sua primeira tarefa foi levar a sua fé cristã às inúmeras tribos de índios que habitavam aquelas paragens. Com isso, a catequese dos gentios foi intensificada em toda a região. O comandante procurou agrupar as várias tribos espalhadas, tentando aldeá-las às margens do Rio Jequitinhonha e de seus afluentes. 

Os primitivos habitantes foram índios botocudos, chefiados pelo cacique Joahima. Com a colonização, vieram os portugueses, sob o primeiro comando do Alferes Julião Fernandes Leão. Em 1892, chegou ao pequeno povoado Cypriano de Souza, acompanhado de numerosa família, vindo de Santa Rita (depois Medina); esse novo morador deu incremento à vida do lugar, iniciando amplas plantações e construindo, sob a orientação do Padre Emereciano Alves de Oliveira, a primeira Capela, onde, a 6 de agosto de 1900, foi celebrada a primeira festa do Senhor do Bonfim, padroeiro do lugar. Por essa época, chegou ao povoado o gaúcho Manoel Luiz, chefiando cerca de duas centenas de barncos e indios, que se atiraram aos trabalhos da lavoura e se radicaram na foz do Ribeirão Anta Podre, consolidando de vez, o arraial. 

O topônimo é o de um chefe indígena, da tribo dos botocudos, o "tucháua" Joahima. Entretanto, o primeiro nome foi "Quartel" ou "Quartel de Água Branca", nome do córrego às margens do qual foi instalado um Quartel da 7ª Divisão Militar de São Miguel. Com o crescimento da aldeia, foi necessário criar mais um Quartel e o lugar passou a denominar-se "Quartéis do Bonfim", em homenagem ao Padroeiro do lo/al, Nosso Senhor do Bonfim. Através da Lei nº 556, de 30/08/1911, o povoado foi elevado à categoria de Distrito, do recém criado município de São Miguel de Jequitinhonha, com o nome de Bonfim de Joahima. Com a emancipação política, em 27/12/1948, através da Lei nº 336, o município recebeu o nome de Joaíma, em homenagem ao chefe indígena Joahima. 



A denominação Botocudos foi dada pelos brancos, que observaram neles o uso característico do batoque ou botoque no lábio inferior ou nos lóbulos das orelhas. O batoque era uma rodela de madeira branca, geralmente de paineira ou barriguda, medindo até 12 centímetros de diâmetro, que depois de seca ao fogo, era introduzida por uma espécie de botão no lábio inferior e nos lóbulos das orelhas. Já por volta de sete a oito anos de idade, o pequeno índio começa a usar o batoque, que ia sendo trocado conforme o indiozinho ia crescendo.
fonte - IBGE

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